Num mundo conectado, empresas de todos os tamanhos enfrentam ameaças constantes. Cibersegurança deixou de ser um tema técnico e tornou-se peça-chave para manter a confiança e a continuidade das operações.
Por que cibersegurança é estratégica para negócios
Em 2025, a segurança digital ganha destaque na agenda estratégica de companhias e órgãos públicos no Brasil. Mais do que prevenir invasões, trata-se de gerir riscos, proteger ativos e preservar reputação.
O crescimento do número de incidentes e a diversificação dos vetores de ataque exigem respostas alinhadas à estratégia corporativa. A adoção de maturidade em governança passa a ser requisito indispensável para manter operações seguras e clientes confiantes.
Além disso, o uso de inteligência artificial por criminosos trouxe à tona a urgência de controles mais sofisticados. Sistemas antigos, sem mecanismos de monitoramento e resposta, tornam-se vulneráveis a esquemas de phishing hiperpersonalizados, deepfakes e ransomwares sofisticados.
Números que mostram a urgência
Os indicadores de 2025 evidenciam que não há espaço para hesitação:
Em média, há um ataque no Brasil a cada cinco segundos. Setores como serviços, educação, saúde e comércio figuram entre os principais alvos, e o governo e as telecomunicações também estão na mira devido à exposição de dados sensíveis.
Contabiliza-se cerca de 1,5 bilhão de tentativas de invasão por dia útil, e mais de 309 milhões de tentativas de phishing são bloqueadas, representando 588 ataques por minuto. Tais números reforçam a necessidade de investimentos robustos e contínuos em infraestrutura de proteção.
Impactos financeiros e reputacionais
O impacto de uma violação vai além do prejuízo imediato. No Brasil, o custo médio de uma falha de segurança ultrapassa R$ 6 milhões, considerando multas, recuperação de sistemas, paralisações e perda de contratos.
Pesquisa global mostra que o valor médio de um ciberataque nos últimos três anos foi de US$ 3,32 milhões. No Brasil, um terço das empresas relatou perdas de pelo menos US$ 1 milhão no período.
O dano à imagem é ainda mais difícil de mensurar. Cada vazamento compromete milhares de dados pessoais, abala a confiança de clientes e parceiros, e pode levar anos para ser reconstruída. Grandes executivos já reconhecem a prevenção cibernética como prioridade: 65% dos líderes de tecnologia e 46% dos líderes de negócios classificam a mitigação de riscos como essencial.
Nível de maturidade e lacunas nas empresas brasileiras
Ainda que o tema receba atenção crescente, o nível de preparo é, em muitos casos, insuficiente. Apenas 2% das organizações globais implementaram ações completas de resiliência de cibersegurança. No Brasil, menos da metade das empresas mede riscos de forma eficaz e apenas 15% avaliam o impacto financeiro das ameaças.
Segundo dados da ESET, 25% das empresas brasileiras sofreram ataque no último ano, e 94% dos profissionais consideram o ransomware um risco crítico. Entretanto, menos da metade adota práticas como criptografia de dados, classificação de informações e DLP.
- 73% não possuem seguro contra incidentes cibernéticos.
- 60,2% não têm plano de resposta a incidentes.
- Somente 5,2% das empresas contam com apólice de seguro e apenas 13,3% delas já a utilizaram.
Essa lacuna entre percepção de risco e adoção de medidas deixa o ecossistema corporativo fragilizado e sujeito a perdas ainda maiores.
Tecnologias emergentes e novas superfícies de ataque
A transformação digital expande o ambiente de risco. A presença massiva de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), o modelo de home office e processos automatizados abrem portas para invasões.
Além disso, 91% das contas em nuvem operam com privilégios excessivos e 98% não aplicam autenticação multifator em ambientes cloud. Sem políticas claras de identidade, as empresas constroem defesas inconsistentes, permitindo que invasores se movimentem livremente.
O uso de IA por agentes maliciosos, seja para gerar e-mails de phishing hiperpersonalizados ou deepfakes, amplia ainda mais a superfície de ataque e exige soluções de detecção avançada baseadas em comportamento.
Boas práticas e recomendações
Superar esses desafios requer ações coordenadas e contínuas. Para desenvolver um programa de segurança robusto, considere as seguintes recomendações:
- Estabelecer governança clara, com comitê de segurança e políticas documentadas.
- Implementar backup e criptografia de dados críticos, garantindo restauração ágil.
- Aplicar autenticação multifator em todos os acessos, especialmente em nuvem.
- Investir em monitoramento contínuo e ferramentas de DLP para dados sensíveis.
- Contratar seguro cibernético para mitigar custos em eventuais incidentes.
- Definir e testar regularmente plano de resposta a incidentes, assegurando resposta a incidentes cibernéticos rápida e coordenada.
- Promover treinamento e conscientização de colaboradores sobre ameaças e boas práticas.
Adotar essas práticas eleva o nível de proteção e contribui para a continuidadede negócios mesmo diante de ataques sofisticados. A jornada rumo à maturidade em segurança digital é contínua: cada evolução em tecnologia traz novos riscos e, ao mesmo tempo, novas soluções.
Empresas que colocam a cibersegurança no centro de sua estratégia não apenas reduzem perdas financeiras imediatas, mas também fortalecem sua marca e ampliam a confiança de clientes e parceiros. É esse o caminho para construir um futuro mais seguro e competitivo.
Referências
- https://www.rgciberseguranca.com.br/panorama-atual-dos-ataques-ciberneticos-no-brasil-tendencias-setores-alvo-e-desafios-de-2025
- https://blog.dponet.com.br/ciberseguranca-brasil-ataques-digitais-2025/
- https://www.redbelt.com.br/blog/ciberseguranca-no-brasil-em-2025/
- https://www.pwc.com.br/pt/sala-de-imprensa/release/pwc-um-terco-das-empresas-brasileiras-registraram-perdas-de-pelo-menos-US-1-milhao-em-ciberataques.html
- https://www.welivesecurity.com/pt/relatorios/eset-security-report-2025-o-panorama-da-ciberseguranca-nas-empresas-da-america-latina-e-do-brasil/
- https://ibsec.com.br/ataques-ciberneticos-globais-crescem-44-diz-estudo-de-2025/
- https://segura.security/pt-br/post/estatisticas-de-ciberseguranca/







